O que é Democracia?
Todos falam nela, mas sua definição é mesmo óbvia? Muitas pessoas explicariam que democracia é a presença de eleições. Mas também há eleições em ditaduras – como havia no Brasil durante o regime militar ou no Egito, em que o ditador ficou décadas sendo reeleito, e até mesmo em regimes totalitários como a Coréia do Norte, um dos mais fechados que o mundo já viu. As eleições ajudam a dar uma máscara democrática e de legitimidade a um regime autoritário, mesmo que não sejam eleições livres e nem competitivas.
Outros diriam que é quando a maioria decide no momento de alguma escolha – o que é verdade e importante, mas não define tudo. Outros ainda definiriam como o governo do povo – o que também não é uma definição holística.
Não existe uma resposta óbvia e direta: o conceito de democracia pode ser definido por diversos aspectos. Há ainda de se considerar que as democracias se apresentam em vários graus diferentes de desenvolvimento, desde aquelas com características autoritárias até as democracias mais desenvolvidas. E para complicar mais um pouco, a concepção de democracia mudou muito ao longo do tempo, como veremos mais adiante.
Saiba mais sobre sobre democracia no site www.politize.com.br
Já ouviu falar sobre a Democracia Direta?
Democracia Direta é uma forma de organização social, na qual todo e qualquer cidadão pode participar ativamente da tomada de decisões. Pense numa reunião em que todas as pessoas têm direito a se manifestar e votar: isso é uma maneira direta de exercer a democracia.
Saiba mais sobre sobre Democracia Direta no site www.politize.com.br
Já ouviu falar sobre a Sociocracia?
Sociocracia é um sistema de governo no qual as decisões são tomadas considerando-se a opinião dos indivíduos de sua sociedade.[1] Assim, as medidas governamentais receberiam sempre a consulta popular. Na Sociocracia uma sociedade atua como organismo vivo, sempre opinando e decidindo. É a forma de governo onde a soberania é exercida pela sociedade como um todo, não apenas por algumas de suas partes, na procura da melhor decisão para o conjunto da sociedade, ou no mínimo obtendo o consentimento dos que não concordarem com os pontos de vista da maioria. O poder decisório é exercido diretamente pela sociedade que substitui o parlamento. É fundamental na sociocracia o princípio de auto-organização, assentado nas teorias sistêmicas de inteligência coletiva.
O termo sociocracia foi cunhado por Augusto Comte na primeira metade do século XIX.
Saiba mais sobre a Sociocracia no site: www.sociocracia.org.br
Brasília em Transição
Cidades em Transição, também conhecido como Rede de Transição ou Movimento da Transição, é a designação de um movimento social baseado nos princípios
da permacultura aplicados a uma comunidade.
São cidades que trabalham em rede para diminuir ao máximo a dependência dos combustíveis fósseis, promovem a inclusão e a justiça social, tomam decisões de forma horizontal, fortalecem diariamente o senso de comunidade e valorizam a produção local criando até as suas próprias moedas. Utopia? Sonho? Uma realidade muito distante da nossa? Nem tanto. Por incrível que pareça, esse modelo já funciona em mais de 300 cidades espalhadas por 50 países, incluindo o Brasil.
O primeiro passo para começar o movimento de Transição é formar um grupo de forma colaborativa, criando pontes com o governo local e fortalecendo a comunidade. Apesar dos
manuais, os participantes ressaltam que cada lugar tem suas particularidades.
O engajamento em movimentos de transição funciona também como um resgate à diversidade cultural em um mundo cada vez mais globalizado. As cidades de Transição buscam resgatar as vibrantes culturas locais, um alívio para visitantes e moradores. Além de valorizar produtos locais criando feiras e eventos que unem a cidade toda, que fortalece as, pessoas que trabalham na economia local, onde são priorizadas as compras dentro da própria comunidade.
Onde quer que você esteja, dá para criar um grupo, mapear as principais questões do seu território e agir para criar o mundo que queremos ver acontecer. As ferramentas que o movimento disponibiliza para a rede são totalmente adaptáveis para qualquer território. Em grandes cidades, o movimento acontece mais em bairros com moradores que se juntam sem apoio do poder público para criar hortas comunitárias, organizar eventos e feiras que valorizem as comunidades locais.
12 passos para a Transição
1- Identificar possíveis alianças e construir redes de contacto, na internet e fora dela;
2- Incorporar ideias de outras organizações e iniciativas já existentes.
Agir como um catalisador que leva a comunidade a explorar soluções e a pensar sobre estratégias de mitigação, a partir das bases instaladas localmente;
3- Organizar o lançamento do movimento. Isso pode ocorrer entre seis meses e um ano após o passo número um. Com o amadurecimento do projeto, há que o levar para dentro da comunidade, para criar um ritmo que empurra sua iniciativa para diante em direção a um novo período de trabalho e comemora o desejo da comunidade de entrar em ação;
4- Formar subgrupos de trabalho que vão olhar para suas regiões específicas e imaginar como a sociedade pode se tornar autossuficiente e capaz de suportar choques externos, como a falta do petróleo.
É fundamental estabelecer alguns grupos menores para se concentrar em aspectos específicos do processo. Cada um desses grupos vai desenvolver seus próprios meios de trabalhar e suas próprias atividades, mas estarão todos sob o guarda-chuva do projeto como um todo;
5- Fazer eventos em espaços abertos.
É importante que a sociedade perceba o movimento e queira fazer parte dele;
6- Realizar atividades que requerem ação benéfica para a comunidade.
Evitar qualquer impressão de que o projeto é apenas um clube de discussões, em que as pessoas se sentam e fazem listas de desejos. Precisa, desde o início, começar a criar manifestações práticas, bastante visíveis para a melhoria da qualidade de vida das pessoas no espaço vizinho circundante;
7- Recuperar hábitos perdidos como fazer encontros comunitários, cozinhar, fazer jardinagem, cultivar hortas e andar a pé ou de bicicleta.
8- Construir bom relacionamento com governo local, cultivar uma relação positiva e produtiva com as autoridades locais;
9- Escutar e relacionar-se com os mais velhos.
As pessoas que viveram entre 1930 e 1960, época em que o petróleo ainda não era tão importante, podem ter muito a ensinar. É preciso recuperar muitas das habilidades que eram comuns à época de nossos avós. Uma das coisas mais úteis que uma Iniciativa de Transição pode fazer é reverter a “grande descapacitação” dos últimos 40 anos oferecendo treinamento para uma ampla variedade dessas habilidades;
10- Formar grupos na sociedade para discutir possíveis ações para diminuir o consumo de energia na sociedade.
Preparar a sociedade em geral para falar das consequências do fim da era do petróleo barato e sobre aquecimento global.
Isso para chamar a atenção das pessoas sobre esses temas, do pico do petróleo e da mudança climática, e assim levá-las a começar a pensar em soluções para uma redução da pegada de carbono e um incremento da autosustentabilidade. Daí será relevante abordar vários assuntos que se refletem com eles, tais como: a importação de alimentos, o transporte, a energia,
a educação, a moeda local e o urbanismo.
É importante que o sucesso coletivo seja colocado acima dos interesses pessoais. Deve haver um representante para cada grupo.
11- Não manipular o processo de transição para essa ou aquela tendência.
O papel do movimento não é levar todas as respostas, mas deixar que a população encontre meios para a transição. O movimento deve ser um grande catalisador de ideias. O talento coletivo da comunidade levará ao surgimento de soluções plausíveis, práticas e engenhosas;
12- Criar um plano de ação para reduzir o consumo de energia da cidade.
Este deve ser presentado internamente, antes de colocá-lo em prática, interligando-o com o todo.
Atividades
O Brasília em Transição criou um grupo de WhatsApp e redes sociais para conectar pessoas que queiram participar do movimento. A partir de janeiro de 2020 acontecerão reuniões presenciais mensais para organizar o movimento e as atividades de cada mês, como por exemplo: rodas de conversas, feiras, trocas de sementes e mudas, realização de oficinas, cursos, entre outras.
-> TEMPO DE PLANTAR 2019
“Plantar um milhão de árvores em um dia”
A Gincana Verde é uma competição colaborativa entre as cidades do Distrito Federal, as Regiões Administrativas. Com o propósito de mobilizar e reconhecer a cidade que mais planta árvores, cerca nascente, limpa rios, realiza atividade de educação ambiental, constroem viveiros de produção de mudas, que coleta sementes e sobretudo que mobiliza pessoas, crianças, jovens, idosos e adultos a viver a experiência de plantar uma árvore pelo menos uma vez no ano, dia 8 de dezembro (domingo) de 2019, quando milhares de pessoas vão para ruas, praças, áreas verdes, às margens de rios e córregos, nascentes e plantar uma árvore.
Cine Debate
Cine Debate com o documentário “Amanhã. Um novo mundo em marcha”.
Documentário francês que aborda a crise planetária que estamos vivendo. Mas, ao contrário de outros documentários que priorizam os problemas, foca as soluções que estão sendo colocadas em prática ao redor do globo para um mundo bem melhor. Foi rodado em 10 países. Em cada local que a equipe gravou, somos apresentados a pessoas e organizações que estão mudando sua economia, reinventando a democracia, recriando a educação, fortalecendo a agricultura sustentável e investindo em novas fontes de energia.
Quem conduz a roda de conversa é o Fotojornalista francês Geoffrey Roy “Jojo”, ativista ambiental conectado com a sustentabilidade de forma geral.
A última roda de conversa realizada foi no festival de Cinema do Cine Brasília em 2019 para mais de 1.500 pessoas, e contou com a participação de Idalécio Barbetta, do CSA Barbetta, Ros 'Ellis Moraes, do Restaurante Girassol, Ana Paula Boquadi, do Restaurante Buriti Zen, Kallel Domi Gomes Kopp, Consultor em Sustentabilidade "Instituto Lixo Zero Brasil", Rafael Barros Dorneles, do Projeto Rodas da Paz, Paulo Mello Filho, do Instituto Ecozinha, Roberto Bretaa, do Green Ambiental, Ana Júlia Zaks, do Banco de Tempo Brasília, Suzana de Ithaka, Transforme Brasília, Eduardo Weaver, do Projeto Gaia Educação, Marta Liuzzi, do Evolua Mercado Sustentável, Luiza Machado Aguiar Silva, da Embaixada da Finlândia, representantes de vários projetos ligados a sustentabilidade.